Pode parecer incrível, mas acontece com muita gente: ter medo de se iluminar. Ou no mínimo acha que não dá para ele ou ela, porque tem que lutar pelas coisas da vida ou, como se diz, “matar um leão por dia”. Aqui eu vou abordar o engano atemporal por trás do medo de se iluminar ou da crença que a vida espiritual entra em conflito com a vida prática.
Tem gente que pergunta: “se eu me iluminar, ainda vou amar o marido?”, “vou ainda querer sair de casa para ir na padaria?”. (Sério – estas são perguntas reais recebidas). Quanto ao marido, não posso garantir (rsrs), mas que a vida continuará, isso eu posso.
O engano é antigo e parece que sempre existiu e sempre vai existir. Até mesmo Arjuna, que ouve de Krishna a Bhagavad-gita, manifesta esta preocupação. Por trás deste medo está o conceito errôneo que a vida espiritual é a negação da vida normal. As pessoas pensam que a vida espiritual vai negar a vida prática ou vai tirar da pessoa a capacidade ou interesse em viver bem, em lidar com os desafios do dia a dia.
O erro está em achar que ser espiritual é deixar de ser tudo mais que hoje consideramos “normal”. Ser espiritual é se vestir de forma estranha, é morar isolado, é largar o trabalho… é ser esquisito! Este engano leva as pessoas a pensarem que ser espiritual deve ser o mesmo que não ser nada que são hoje. Isso é realmente assustador.
Graças a Deus não é nada assim, pelo menos não da forma que Krishna ensina e da forma que eu explico no Caminho 3T. Devemos partir da compreensão que a vida espiritual é a perfeição da vida como ela é. Ser espiritualizar é aperfeiçoar o que está fazendo. Se iluminar é fazer tudo com inteligência e amor. O caminho que ensino, enfatizado por Krishna, é as vezes chamado do caminho da “vida iluminada”. A vida continua, mas agora iluminada. Isso significa uma vida cada vez mais feliz, centrada, conectada e amorosa. Certamente, não podemos ter medo disso, né?
A verdadeira prática espiritual acontece no campo da vida corriqueira. Este é o ponto chave, que até mesmo Arjuna custa a entender. Por isso que trazemos este foco ao campo do “dharma”, que significa sua essência, seus deveres, que nascem de quem você é agora, do corpo mesmo, não só da alma. Como costumo dizer, o dharma é a ponte entre a matéria e o espírito. A vida espiritual passa pela execução de seu dharma, que diz respeito a todos seus afazeres corriqueiros, de cuidar do marido a ir para a padaria (bem que eu recomendo que faça seu próprio pão em casa, que tem uma energia melhor!).
É no viver da vida que podemos praticar nossa espiritualidade, exercer nosso amor e experimentar nossa conexão com Deus. No trânsito, no trabalho, na labuta do dia a dia… aí sim que você será testado. No casamento, na tarefa hercúlea de cuidar dos filhos, no lidar com família… aí sim saberá se está mesmo avançando.
No livro, “O Caminho 3T” (www.3T.org.br) eu enfatizo este conceito fundamental e explico como isso pode ser feito, no dia a dia.
Então, não tenha medo de se iluminar, de jeito nenhum. Tenha medo de não se iluminar! Tenha medo de desperdiçar a vida humana sem ter trabalhado sua conexão com o divino, sem ter acionado seu potencial divino. Tenha medo de viver em ansiedade, frustração e depressão inutilmente, quando tem um processo tão eficaz para melhorar sua vida, com tantas ferramentas, como explico no Caminho 3T. Vida espiritual é viver sua vida cada vez melhor, com cada vez mais capacidade para lidar com os desafios da vida, mais paz e mais felicidade. Quem não quer isso?
Veja aqui meu vídeo sobre este tema.
Veja aqui o que estão falando sobre meu livro “O Caminho 3T”: “O livro Caminho 3T é a solução para os tempos que vivemos. Com a metodologia e a forma didática que o autor aborda é muito fácil o entendimento, e em pouco tempo a minha realidade se modificou e minha consciência se iluminou. Sou muito grato por isso.” – Carlos Nascimento
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