Avatara, ou avatar, é um importantíssimo conceito da espiritualidade do yoga, mas muito mal compreendido no Ocidente. O que é um avatara? Que tipos existem? Quais são seus poderes? Vamos explorar este pontos aqui.
Veja aqui meu vídeo sobre este tema.
Aqui um trecho do livro “O Caminho 3T”, sobre o tema de avataras.
Existem dois tipos de avataras: avataras almas e avataras Deus. Em sânscrito, ava significa “baixo”, e tara, “atravessar”. Avatara, portanto, é a pessoa que atravessou para baixo, isto é, que desceu da morada transcendental com destino ao mundo material. Os avataras que são almas mostram o caminho para a iluminação, com ensinamentos adequados às pessoas que vieram ajudar. Um avatara que é Deus não apenas ensina o caminho da perfeição espiritual, mas também Se apresenta completamente às almas do mundo material. É assim que as almas no mundo material podem ter conhecimento específico de diferentes formas bhagavan de Deus.
Avataras almas são almas perfeitas, almas do reino transcendental que aceitaram a missão de vir ao mundo material com algum propósito divino. Tecnicamente, chama-se shakti-avesha avataras. Shakti significa “poder”, e avesha significa “parte”. Isso indica que vêm com uma porção do poder de Deus para cumprirem sua missão. Dois dos exemplos mais famosos desse tipo de avatara na cultura ocidental são Jesus e Buddha. Quando um avatara alma vem, ele tem que aceitar um corpo material, pois, sem isso, uma alma não consegue ter nenhuma interação com alguém ou algo no mundo material. Em geral, avataras almas vêm sozinhos, mas, por arranjo divino, obtêm a ajuda de almas avançadas já presentes. Avataras almas não apresentam conhecimentos novos acerca de Deus. Em vez disso, enfatizam ou ajustam saberes espirituais ou religiosos já existentes.
Jesus, por exemplo, foi reconhecido como um rabino, um instrutor judeu. Seus ensinamentos não se afastam muito da tradição judia. Contudo, veio com “o poder divino” de reacondicionar a mensagem do judaísmo e enfatizar certos pontos-chaves para que bilhões de pessoas no futuro continuassem a se iluminar e se inspirar.
Buddha, que veio há cerca de 2500 anos, certamente teve contato com a tradição do yoga, que existia já há milhares de anos antes de sua vinda. Ele enfatizou dharma, mindfulness e desapego, que são todos elementos da tradição do yoga. Até hoje, em vários ramos do budismo, os praticantes são chamados de yogis. Buddha não ensinou nada que já não estivesse presente na tradição do yoga. Contudo, sua “porção de poder de Deus” lhe permitiu enfatizar alguns ensinamentos específicos e reapresenta-los de tal modo que se tornassem extremamente efetivos e úteis à humanidade, gerando centenas de movimentos espirituais distintos, inspirando hoje quase meio bilhão de pessoas a viverem uma vida mais feliz, melhor e mais compassiva.
Os avataras que são Deus são o advento direto de uma forma bhagavan de Deus no mundo material. A primeira grande diferença é que Deus jamais aceita um corpo material. Isso acontece porque a energia material está completamente sob o Seu controle. É a energia dEle. Ele não precisa de um corpo material para manipular e navegar dentro do mundo material. Ele não precisa de um corpo material para que outros O vejam, O toquem, O ouçam, etc. Pela simples vontade de Deus, tudo isso pode ser feito. Outra grande diferença é que Deus vem com um séquito de avataras almas, e até mesmo com outros avataras Deus. Algumas formas bhagavan de Deus atuam juntas, em virtude do que vêm juntas ao mundo material. Por fim, um avatara Deus vem por razões espetaculares e faz coisas espetaculares enquanto aqui. Não há nada de discreto em um avatara Deus. Um avatara alma pode vir e ir embora e somente um grupo de pessoas reconhecê-lo a princípio, algumas vezes levando séculos para a importância desse avatara se tornar amplamente reconhecida. Esse não é o caso de um avatara Deus. Os avataras Deus Se fazem ver e estabelecem abertamente Seu poder divino, atuando de maneiras sobre-humanas ao longo de Sua “vinda” ao mundo material.
Por virem pessoalmente e permitirem serem vistos, preserva-se um registro detalhado dessas diferentes formas bhagavan de Deus. Especificamente, descrições de Seus corpos, Seus ensinamentos, como interagem com outros e a natureza de Suas moradas são todas registradas. É algo exclusivo dessa mais antiga tradição teísta ter registros de Deus vindo diretamente em pessoa, sendo visto, interagindo com Seus devotos, passando anos visivelmente presente e ativo e ensinando pessoalmente sobre Si e sobre o caminho espiritual.
No livro “O Caminho 3T” (www.3T.org.br) aprenderá mais sobre a natureza de Deus, da alma e sobre o processo de iluminação, como também sobre o mais importante avatara Deus, Krishna.
Veja o que estão falando do livro “O Caminho 3T”: “Recomendo a todos que se interessem em restabelecer sua conexão com a realidade da Alma eterna. Esclarece, orienta, descomplica o conhecimento da transcendência!!!” – Ana Galheigo
Hare Krishna!
Grata mestre! Estou lendo o Caminho 3T e está sendo um alento para quem estava cansada de vagar por religiões espiritistas e apesar das crenças de migração de almas outras crenças me deixavam em dúvida. A idéia do Carmo como punição e castigo e de estarmos condenados nessa vida sem chance de redenção me deixava com um certo desalento. Tetia que pagar quantas vezes por meus erros?
No momento não vou poder fazer o Curso completo de estudo da Bhagavad gita , acredito que dentro de pouco tempo vou conseguir. Mas gostaria de uma orientação da próxima leitura após o Caminho 3T.
Grata !
Que bom que a Semana da Bhagavad-gita esclareceu esta questão do karma como castigo, sem redenção. Sobre o Caminho 3T, basta seguir a leitura sugerida na parte Método 3T, no final do livro. Lá indicou muitos livros para você se aprofundar.
Gratidão!