Quando saber desistir? Desistir é sempre ruim? Ou tem uma arte em saber quando desistir? Aqui vamos ver as bases para você avaliar e determinar quando é bom desistir.
Muito de nós fomos criados com a ideia que desistir é sempre ruim. “Vencedores nunca desistem!” Mas isso é uma grande mentira. Vencedores desistem toda hora! Se você não desistir de algo ruim, você estará perdendo. Mas, é claro, se desistir nas condições erradas, vai perder também. Então o segredo é avaliar bem como e quando desistir.
Nossos recursos são limitados e temos que saber bem como empreende-los. Se continuarmos a investir nosso tempo, foco, paciência e dinheiro em algo que não está nos dando retorno, então perdemos a oportunidade de colocar toda essa energia e tempo em algo que vai dar retorno.
Não importa qual o empreendimento, que pode ser algo tão superficial como um investimento financeiro ou tão profundo como a escolha do caminho espiritual que vai tomar ou um casamento. Devemos ter um plano, uma estratégia de saída ao começar o empreendimento.
Pense nisso como um “contrato de desistência”. Elabore e pense quais condições para desistir de algo no início, quando tudo parece legal. Abrace o pacote completo: tudo que vai fazer mas junto com as condições que lhe levariam a não mais querer se envolver com aquilo.
Tire o tempo para avaliar as condições necessárias para você manter-se empenhado. O que levará você a considerar que o empreendimento não mais lhe vale a pena? Em suma, quanto tempo, quanta perda financeira e quanto sofrimento está disposto a aguentar? E como isso se compara com o que tem a ganhar?
Quando as coisas começarem a ficar ruim, estará tomado de sentimentos negativos. Não tendo um plano previamente pensado, com calma e inteligência, sobre quando deveria desistir, estes sentimentos negativos irão se alimentar da dúvida, fazendo você querer desistir mais e mais. Se deixar o sentimento lhe tomar, fará uma má decisão. Mas se tiver um “contrato de desistência”, pode friamente ver se as condições para desistir foram cumpridas ou se algo fundamental mudou no empreendimento que faria você rever ele do zero. Se isso não aconteceu, então poderá concentrar sua força de vontade e foco em manter-se firme, mesmo passando por alguma dificuldade.
Toda situação – seja correr uma maratona, um negócio, um emprego, um casamento ou sua dedicação a um caminho espiritual – tem seus momentos de baixa. Nada é sempre um mar de rosas. No momento de baixa ficamos na dúvida, na incerteza – ficamos um pouco confusos. Este não é o momento para avaliar se deve desistir ou não, pois isso vai tirar sua determinação de manter-se no caminho para superar a baixa. Tendo previamente pensado nos parâmetros de desistência, você evita este risco.
Mesmo na vida espiritual, você fará muito bem se souber quando é bom achar outro caminho. Quando sentir que não está tendo respostas, quando sentir que está fazendo tudo que se pede, mas não está tendo resultados, ou quando sentir que está sendo explorado – todos estes seriam bons momentos para reavaliar suas escolhas e procurar um novo guru ou linha espiritual.
No meu livro, “O Caminho 3T” (www.3T.org.br) eu falo sobre a importância de viver seus valores, sua essência, ou seja, seu dharma, priorizando sempre seu bem-estar holístico: físico, emocional e espiritual. Isso certamente criará boas bases para saber quando algo é bom para você ou não.
Veja aqui meu vídeo sobre este assunto.
Veja aqui o estão falando sobre meu livro “O Caminho 3T”: “Recomendo a todos que se interessem em restabelecer sua conexão com a realidade da Alma eterna. Esclarece, orienta, descomplica o conhecimento da transcendência!!!” – Ana Galheigo
Bom dia Giridhari Das !!
Sou casada a 15 anos , tenho 2 filhos maravilhosos, mas meu relacionamento nunca foi completo, sempre em meio a ciumes, bebidas, intolerância e até humilhação na hora da bebida, mas depois tudo passa e vem o pedido de perdão, sei que nos amamos, o respeito e dialogo existe até onde não existe a bebida .Já tivemos muitos momentos felizes sim, mas os momentos de angustia me decepcionam tanto e fico sem saber o que fazer. As vezes chego a ter medo das atitudes futuras, e estou me sentindo mal com tudo isso, me isolando dos amigos e parentes, não tenho mais vontade de sair de casa para festas…. fico na duvida se estou começando a ficar doente. tenho pensado muito em separação, mesmo quando não há conflitos, já chegamos a falar nisso, mas não conseguimos. O que você acha sobre tudo isso,? Preciso de uma opinião!!!
Oi, Fabiana, Hare Krishna!
Você precisa traçar limites e não ficar pensando sempre se deve separar. Bole já o que seria o limite inaceitável, que inviablizaria o relacionamento. O que seria tão danoso que compensaria toda a dor e confusão, para vocês e seus filhos, da separação? Pense assim e aí deixe a coisa fluir, sempre fazendo seu melhor, mas, se cruzar este limite PREVIAMENTE estabelecido, aí você saberá com tranquilidade que o relacionamento é tóxico demais e é mais saudável a todos seguir outros rumos.
Além do casamento, tem algo lhe corroendo por dentro, uma falta de propósito, uma potencial crise de meia-idade, que está lhe deixando deprimida. Deve correr para solucionar isso, para não deixar a depressão se instalar. Faça isso buscando mais propósito, mais significado em sua vida, especialmente desenvolvendo seriamente sua vida espiritual. Corra atrás de mais engajamento, mais encontros com amigos e família e mais ação, mais atividade. E, por último, mude o foco do futuro para o presente, para cada momento, para o aqui e agora. Mente no futuro sempre traz ansiedade. Mente no passado, sempre traz tristeza.
Se quiser uma explicação mais completa de tudo isso, não deixe de ler o livro “O Caminho 3T” e colocar em práticas as técnicas lá encontradas.
Seu amigo,
Giridhari Das