Firmeza Sem Rigidez

Como ter firmeza sem rigidez? Como manter-se fiel ao seu propósito, sendo sensível e flexível? Há um equilíbrio a ser conquistado. Vamos entender aqui como é feito.

Firmeza é uma grande qualidade e recebe destaque na literatura sagrada do yoga como sendo essencial para o progresso. Firmeza significa que você sabe o que quer, sabe o que precisa expressar e não vai abrir mão disso. Firmeza significa ser fiel ao seus valores e objetivos intrínsecos e não ser influenciado por questões superficiais.

Nada de bom na vida será conquistado sem firmeza. E as melhores coisas na vida são atingidas quando acompanhadas de anos ou décadas de firmeza no intento e prática. Certamente é impossível avançar em yoga, no caminho de auto-aprimoramento e autorrealização, sem total firmeza.

Mas isso não leva a rigidez? Não leva a ser inflexível diante das situações fluídas da vida? Não leva a ser duro demais consigo mesmo e os outros ao seu redor?

O segredo está em entender a diferença entre forma e conteúdo.

A firmeza está no propósito, nos valores, ou seja, no conteúdo. A forma como se expressar pode e deve ser flexível. Isso significa que você nunca deve abrir mão de seus valores e nem sequer deve fazer algo que não está alinhado com seu dharma, com seus objetivos intrínsecos. Mas como vai exercer esta estratégia está completamente aberto.

Ao expressar sua firmeza, priorize o bem-estar dos outros ao seu redor, o seu bem-estar e quaisquer considerações práticas que a realidade está lhe trazendo, nesta ordem. Uma das qualidades do yogi é que ele é “amigo de todos”, Krishna explica na Bhagavad-gita. Busque sempre a expressão fiel de seu dharma, com firmeza, mas de forma que não agride os inocentes. Não podemos ferir o dharma, ao ser fiel ao nosso dharma.

Neste sentido eu gosto de lembrar um ensinamento básico do Taoísmo. Eu iniciei minhas investigações sobre a vida espiritual no Taoísmo e depois fiz muitos anos de Tai Chi. Eu logo aprendi a sentir o fluxo da vida (o tao) e saber navegá-lo com fluidez. O exemplo clássico é da folha correndo córrego abaixo. A folhinha, ao esbarrar na pedra, não tenta atravessar a pedra, senão que dá a volta e segue facilmente em seu caminho. Mantendo-nos fieis ao nosso dharma, devemos seguir o exemplo da folhinha.

No meu livro, “O Caminho 3T” (www.3T.org.br) eu explico mais sobre o dharma e os valores e práticas necessários para ter uma vida plena e autorrealizada, que quando praticados com firmeza, trazem resultados incomparáveis.

Veja aqui meu vídeo sobre o tema de como ter firmeza sem rigidez.

YouTube player

 

Veja aqui o que estão falando de meu livro: “É livro para ter à cabeceira da cama, ou seja, para estar lendo sempre.” – Sergio Mendonça

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

vinte + vinte =